“Tecnomacumba contra o exu da ignorância” é o tema da primeira edição carioca do evento PechaKucha, que reúne quinze palestrantes para trocar ideias sobre como promover transformações culturais digitais.
O principal convidado internacional é Michael Bauwens, da P2P Foundation. Mas tem mais gente interessante.
Acompanho, ainda que nem sempre tão de perto, o trabalho de dois deles: a jornalista Gabriela Mafort, que foi bolsista Knight em Stanford, e o hacker Capi Etheriel, membro da comunidade Transparência Hacker. A considerar o currículo de outros palestrantes – tem até uma moça que estuda “tecnologia e xamanismo”, seja lá o que for isso, e o idealizador de um tal “ChoroFunk” -, a mistura está bem curiosa. Deve valer a pena.
Veja todos os detalhes neste site e no Facebook do evento. Da nota oficial:
O nome PechaKucha vem do termo japonês para “bate-papo” e é baseado em uma simples ideia: 20 imagens X 20 segundos, formato que torna as apresentações concisas e objetivas.
O PechaKucha surgiu em Tóquio em 2003 pelas mãos do escritório de arquitetura Klein-Dytham, para arquitetos e designers se encontrarem e compartilharem os seus trabalhos. Ele se tornou em uma celebração grandiosa com eventos acontecendo em centenas de cidades do mundo, inspirando mentes criativas.
Hoje a PechaKucha Night acontece em mais de 500 cidades no mundo, e é um evento celebrado e procurado por aqueles que o frequentam. No Brasil acontece em cidades como São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Belo Horizonte.
No Rio, a PechaKucha Night se inspira em Brian Eno e Arthur C. Clark para definir o tema Tecnomacumba contra o Exú da Ignorância e traz 15 mentes inovadoras para tratar de cultura digital. De acordo com o coletivo Gambiarra, organizador do evento, “Estas pessoas que não acreditaram quando lhe disseram que algo era impossível e se aventuraram além dos limites do que lhe parecia ser possível. Seus métodos não se distinguem da magia. São pessoas que por sua relação com os meios digitais, seja para empoderá-los socialmente, seja para promover novas formas de expressão, ou para trazer melhores formas de educação, fazem parte do nosso universo de pais e mães-de-santo tecnológicos. Vamos trazer gente que mostra que nossos computadores, sim, tem muita África neles!”