Quem fez as contas foi Toby McIntosh, do FreedomInfo.org. A Parceria pelo Governo Aberto, lançada em 2011 para promover ações de transparência de informações governamentais, tem 58 países signatários, mas só seis (incluindo o Brasil, com uma ressalva) puseram a mão no bolso.
Custa caro manter uma estrutura assim, porque tem que fazer reuniões e tal. Como as contas são abertas, dá pra saber quem deu dinheiro.
Contribuições para manter a parceria:
* Fundações (Ford, Hewlett, Omidyar…): US$ 1,2 milhão
* Governo do Reino Unido: US$ 252,8 mil
* Governo dos EUA: US$ 200 mil
* Governo da Noruega: US$ 187,8 mil
* Governo da África do Sul: US$ 50 mil
* Governo das Filipinas: US$ 50 mil
Deram grana, mas só para eventos:
* Governo do Brasil: US$ 705 mil (para organizar a conferência da OGP em Brasília, no ano passado)
* Google: US$ 350 mil (para organizar um evento e o site da parceria)
Ou seja: no discurso, todo governo é a favor de governo transparente. Mas só até ali.
O Brasil colocou mais dinheiro do que qualquer outro governo participante, mas possivelmente só para a organização da conferência – o ganho de imagem com ela, internacionalmente, foi considerável. Para bancar o dia-a-dia, nada.