Sete a cada dez dos comandantes da Igreja Católica desde o tempo de Cristo eram italianos – e, não fosse a grande migração de italianos para a Argentina no final do século 19, Jorge Bergoglio, a partir de agora conhecido como Papa Francisco, também o seria. Foram nada menos do que 187 papas italianos.
Apesar de toda a especulação nos últimos 30 dias sobre um possível papa brasileiro (de origem alemã, país que gerou dez papas), a esmagadora dos artigos de opinião publicados a respeito da escolha foi um desperdício de papel e tinta. Simplesmente porque ninguém consegue ter boas fontes num grupo fechado e espalhado pelo mundo, que só se reúne quando o chefe morre ou, raramente, renuncia.
Dito isso, não é verdade que Bergoglio é o primeiro Papa a sair de fora da Europa.
São Pedro, a quem é atribuída a fundação da Igreja Católica, era galileu – ou seja, nasceu na região onde hoje fica Israel. De Belém, também onde hoje fica Israel, veio São Evaristo (97-105).
Ainda no Oriente Médio, a Síria já teve cinco Papas: São Aniceto (155-166), João 5º (685-686), Sisínio (708), Constantino (708-715) e Gregório 3º (731-741). A Palestina teve Teodoro 1º (642-649)
Outros três Papas teriam nascido na África: São Vitor 1º (189-198), São Malaquias (311-314) e São Gelásio 1º (492-496). O país não é especificado na tabela, publicada pelo Guardian.
Veja abaixo o resumo por país:
PAÍS | PAPAS |
Itália | 187 |
Desconhecido | 23 |
França | 17 |
Grécia | 10 |
Alemanha | 7 |
Síria | 5 |
Espanha | 3 |
África | 3 |
Israel | 2 |
Portugal | 2 |
Áustria | 2 |
Polônia | 1 |
Palestina | 1 |
Croácia | 1 |
Argentina | 1 |
Holanda | 1 |
Inglaterra | 1 |
Total geral | 267 |