Três anos e um mês depois do último post do Afinal de Contas, estamos aterrissando novamente no blog. Alguém que lia antes ainda está na escuta?
No último episódio da primeira temporada, tínhamos acabado de convencer o governo a abrir os dados dos jatinhos da FAB em tempo quase real. Grande vitória para todos.
Agora, nas primeiras semanas da segunda temporada, vamos nos concentrar nas eleições deste ano. São eleições interessantes do ponto de vista dos dados.
Vejam apenas três pontos em que haverá dados interessantes a observar:
- O quadro político do Brasil está longe do status quo das últimas duas ou três eleições municipais. Forças políticas importantes não ousam sequer dizer seu nome em campanhas, devido a escândalos em que estiveram envolvidas.
- Os municípios estão numa situação financeira muito complicada, tendo assumido várias novas funções. Muita função e pouco dinheiro é igual a problemas; má gestão do dinheiro que se tem, também. O Ranking de Eficiência dos Municípios, no qual trabalhei, mostra um pedaço disso. Faremos aqui algumas análises inéditas dos dados do REM-F.
- Não haverá financiamento empresarial de campanhas, então a princípio não saberemos quais interesses estão por trás dos candidatos (escrevi uma alegoria sobre isso no artigo “Patópolis“, ano passado). Isso pode mudar o perfil dos eleitos – com alguma possível vantagem para candidatos com mais facilidade de captação de dinheiro de indivíduos, como pastores evangélicos.
Minhas boas vindas aos novos leitores.
O primeiro episódio da segunda temporada é o próximo post.