Saiu hoje a nova pesquisa Datafolha sobre a intenção de voto na eleição para prefeito de São Paulo. Nesta época as pesquisas são muito esperadas pelo número final de cada candidato – quem está na frente de quem, quem passou quem. Mas elas também buscam segmentar os resultados para compreender as razões do voto.
Minha coluna de hoje, “É a região, não a religião“, trata exatamente disso, para tentar compreender por que Celso Russomanno (PRB) tem a preferência de mais eleitores do que um candidato bem conhecido, como José Serra (PSDB), ou um com padrinhos de peso, como Fernando Haddad (PT).
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Escrevemos separadamente nossas análises, mas o editor-assistente de Poder, Ricardo Mendonça, chegou a uma constatação semelhante à minha: em regiões mais modestas, a liderança de Russomanno é maior. É gente que usa mais serviços públicos – e que, cada vez mais, é incluída na cidadania por meio do consumo.
Serra e Haddad estão ocupados demais discutindo suas biografias e seus apoios controversos para ocupar-se de discutir política pública. Ao passo que Russomanno se esquiva o quanto pode de discutir sua biografia e seus apoios controversos e prefere fazer promessas rasas sobre o dia-a-dia do cidadão.
Menciono na coluna a série “DNA Paulistano“, que mostra avalia quais são as preocupações de cada região da cidade. Talvez aí esteja uma chave para entender o que está acontecendo.
Leia a coluna e conte aqui o que pensa a respeito.