O Boston Consulting Group publicou nesta segunda (1o) um estudo bastante interessante sobre o comportamento de consumo dos brasileiros. Usando dados de gastos com cartão, eles plotaram o crescimento nas vendas de diversos setores, antes e depois da crise, para identificar “ilhas de consumo”. Achei bem sacado o gráfico:
Segundo eles, quem não perdeu crescimento foi quem vende produtos essenciais.
O curioso é que o único setor que aparece crescendo mais durante a crise do que antes dela é o de farmácias. Suas vendas crescem a 9% ao ano, enquanto supermercados crescem a 3,5% e bares/restaurantes a 2%.
“As vendas em farmácias, especialmente nas grandes redes, mostraram níveis de crescimento mais altos do que no pré-crise. O número de lojas de farmácias aumentou em mais de 4% entre 2014 e 2015, e a média de transações por loja cresceu quase 8%”, afirma o estudo. Esse aumento ocorreu principalmente nas maiores cidades, mas foi especialmente forte no interior do Nordeste. Em regiões agrícolas, o crescimento das farmácias se manteve estável.
Quem vai mal? Quem vende roupas e principalmente eletrônicos e móveis, que são bens menos urgentes.